domingo, 1 de novembro de 2009

Palavras fechadas

Nunca fecho verdadeiramente os olhos.
A comunicação é-te sempre dirigida.
Os porquês, os porque não, os se apenas…
Afinal é comigo que falo. Faço de ti meu anjo da guarda
e eu o eterno distraído sonhador.
Nunca os fecho verdadeiramente.
É uma maneira de não te ver na claridade
a ricochetear no interior desta capela
erigida com a doçura das palavras levadas pela esperança.
Já aqui não mora. Desistiu de me sonhar
ou então julgou-me por fim mestre
da minha própria plenitude.
Mas a minha plenitude és tu.
Como vai meu olhar fechado resolver isto?