sexta-feira, 24 de outubro de 2008

S/ título

Don't want to be confortable, just want to feel alive feel the pulse underneath my skin. Memories become used paper ready to recicle. Fuck all those moments that held me back. I want to burn, I want to fall and if you choose to do it with me, we'll pinch each other until it makes blood. Won't cut my nails today or use my brain as a garbage can.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Respirar

O teu respirar, o teu respirar…
Quero o teu respirar dentro de mim.
O teu respirar é uma canção de embalar,
sempre a acelerar, sempre a escapar...

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Rumores

Faz-se de rumores a esperança,
de dores recusadas pelo clamor do instante.
Amor gera auto-destruição
se não se tem cuidado
(e alguma vez se tem?)

Corremos atrás das dores interiores,
atrás dos rumores. Queremos
ver e respirar esperança.
Queremos andar com a vida,
na cegueira assumida de ver.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Balada da menina ausente

O cabelo dela é assim como uma daquelas aconchegantes memórias de infância. E depois, diz serem pequenos os seus olhos. Olhar fundo, vibrante da noite na planície. Olhar fechado para ver o que quer ver. O vazio. Ela podia ser uma pequena princesa, de pé na berma da falésia, ao vento, a procurar no céu o seu pequeno planeta. E a sua pequena rosa. Cada lágrima devolve um segredo ao mundo. Um rio. E se o seguirmos até à nascente, veremos um coração a chorar. Na planície, a máquina da imaginação plana com imóveis asas de anjo, mas imagina-se sempre com os pés no chão. Um exercício em disciplina. (Se sonha, é porque voa no escuro. Se não sonha, é como fome espiral de um dia a grande velocidade. Devagarinho). E durante todo este tempo ela dormia, bonita e indefesa como uma menina, pois enquanto dormia, podia permitir-se ser o centro da escuridão fervilhante que eram os sonhos. Neles, nenhuma silhueta era vazio e nenhum vazio era meio caminho. Dentro dela, cada planície ondulante de trigo era um constante renovar de um gentil horizonte.