sexta-feira, 3 de julho de 2009

Sempre

De que crime falas, afinal?
De intentar na travessia ou de ficar parado?
Não acreditas ou não sentes que a outra margem é também tua,
qual estranho de ti próprio. Receias ir, e quando lá chegares,
talvez descubras o que sempre esteve por inteiro dentro de ti.
Oh mania de tudo fragmentar!
Sofremos por não nos sentirmos inteiros e somos.
E num qualquer truque interior, partimos tudo em cacos
para podermos enfim sofrer por não nos sentirmos inteiros.
E ainda sorrimos quando o cão gira
frenético para tentar agarrar a cauda.
Toda a viagem é sempre um regresso a casa.

1 comentário:

Unknown disse...

Toda a viagem é sempre um regresso, a casa? Sim, talvez!