domingo, 1 de novembro de 2009

Palavras fechadas

Nunca fecho verdadeiramente os olhos.
A comunicação é-te sempre dirigida.
Os porquês, os porque não, os se apenas…
Afinal é comigo que falo. Faço de ti meu anjo da guarda
e eu o eterno distraído sonhador.
Nunca os fecho verdadeiramente.
É uma maneira de não te ver na claridade
a ricochetear no interior desta capela
erigida com a doçura das palavras levadas pela esperança.
Já aqui não mora. Desistiu de me sonhar
ou então julgou-me por fim mestre
da minha própria plenitude.
Mas a minha plenitude és tu.
Como vai meu olhar fechado resolver isto?

2 comentários:

Maria Clara do Vale disse...

Estive a pensar em tudo o que escreveste neste desenho e a observar o próprio desenho... bem...parece-me mais importante construir a confiança, o respeito, a tolerância, o carinho… em vez de dizeres que a..."esperança...já aqui não mora. Desistiu de me sonhar..." porque me magoa que não te lembres que sempre que sorrires apagas em mim uma tristeza e acendes uma esperança!
Depois...e tu sabes...muitas pessoas poderão entrar e sair de tua vida, mas só algumas deixarão marcas no teu coração… e o que eu mais queria era que as marcas que deixasse em ti fossem marcas positivas que fizessem de ti alguém ainda melhor...
... as pessoas jovens e bonitas (mesmo aquela que dizes ser A mais linda) são acidentes da natureza…mas as pessoas adultas, leais com vontade de realizar sonhos contigo devem ser consideradas não acasos mas realidades que se devem preservar… o ontem é história, o hoje é uma dádiva e por isto o chamamos presente...mas é claro que só será uma dádiva completa se acreditarmos que vai haver futuro…também tenho dúvidas que me atraiçoam muitas vezes e fazem com que não consiga viver plenamente até pelo medo de errar… mas estou pronta a caminhar contigo... numa disponibilidade de conivência e isso não é o que deve interessar mais??...MC

margens confluentes disse...

Caminhar, caminhar... Todo este blog é sobre caminhar. O que escrevo é caminhar. O resto é...poesia.