Feliz. Triste. Algures entre é onde caminhamos seja com quem for ainda que sozinhos. Valerá a pena falar de vazio? Quer dizer, olhamos para o céu nocturno, não vemos a lua, mas sabemos que está lá algures. Celebramos o silêncio e o vazio deste nosso caminho e as mãos que não damos. No entanto… Quietos assim, tudo parece possível. E se calhar é.
domingo, 29 de maio de 2011
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Dança
Técnicas desenho, delineadas estratégias pela carne da alma. Pára sem perguntar porquê, nos entretantos de saltitar de pétala em pétala. A polinização ao rubro no lacre das lágrimas esvaidas pelas linhas das folhas. Aqui não se retém memória, aqui não se deseja o desejo. Se um dia acordar e te vir ser nuvem, dançarei para que chovas sobre mim.
terça-feira, 3 de maio de 2011
Requiem
Sim, apercebo-me da voz de Nick Drake no teu olhar. E afinal, quando chegaste, não te vi. Passamos um pelo outro como estranhos que de facto somos. Borboleta presa na atmosfera adocicada do Verão, minha cidade nua, meus passos no encalço dos teus. Nem as folhas escritas se atrevem a cair, a ficarem para trás, mais a escrita miúda que carregam. Uma voz, um olhar e a noite. E a seguir a barreira. Sim, pode ser a lua, pode ser a voz, pode ser o som dos passos. Queres saber do que falo? Agora que estás na última página? Tens de comprar o livro. No fim, não sou eu que sou deus. És tu.
Sim, apercebo-me, olhando o vazio. Nada realmente muda. A não ser o rosto da ilusão. Afinal, a moeda não sai de tráz da orelha, apenas parece sair. E continua a parecer sair mesmo depois de sabermos o truque. E acaba-se. Acaba-se mesmo assim por escolher o truque, a ilusão.
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