Quero fazer anos todos os dias da minha vida e esquecer-me da passagem do tempo, lembrando que ele nunca pára. Quero celebrar as possibilidades e não me deter na tão fácil tristeza. Mesmo quando as lições são duras de aprender, mesmo na escuridão quando recusamos ver que há uma luz algures. Ao aproximarmo-nos, vemos que era o nosso reflexo num espelho e que a luz afinal éramos nós…Celebro-me grande, importante, de maneiras que desconheço ainda. Sou lugar, sou caminho, sou luz. Sou sagrado e profano. Sou transcendência. E todas estas coisas devo reconhecer a mim próprio. Sou o mapa da minha própria viagem.
O teu silêncio posso preenchê-lo com o que quiser. Posso segredar no teu ouvido o que não queres ouvir. Puxar-te o cabelo até à rendição. Mesmo assim… Mesmo assim, Subjugas-me com o sabor do teu sorriso. Nenhum jogo de palavras nos fará vacilar. Olhamo-nos e perdemo-nos no que somos. Não nos deixemos falar. Beijemo-nos ao som veloz dos pneus no asfalto molhado. E do dia que vai ficando.