Se o mundo enlouqueceu de vez, a que pedaço de insanidade me devo agarrar? Ao pedaço menos insano de ti? Isso não me salvará. Antes me infectará. A minha insanidade é o valor mais caro que possuo. Não abdico dela por nada. Por ela atravesso os dias na escolha da solidão. Porque de facto, Babel fala mais alto nestes tempos. Cada pessoa tem o seu dialecto e ninguém se entende. E neste desentendimento, é na mediocridade que se descobre território comum. Eu coço as tuas costas e tu coças as minhas. Apenas não desafies a minha língua ou eu a tua.Condenados a insanos rios de solidão, contruimos pontes de fósforos que ligam margens em chamas.
sábado, 15 de setembro de 2018
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário