domingo, 10 de fevereiro de 2008

Eis a questão

Agarra a mistura. Desvenda a alquimia do voo dos milhafres. Os bosques ali embaixo nada dizem. Um código de silêncio impera. Faz do frio veloz teu Outono, tua embaraçada pintura, de inocência impregnada. A flor nasce assim do cimento iminente, feita coração de cera. De que adianta afinal toda a encenada protecção? Nada mais do que um vitral: translúcido, luminoso, mas não o próprio sol. Mas de imperfeito, apenas as naturais marcas do tempo, doridamente belas. Aprendi a nelas ver o real esplendor e singularidade tantas vezes resguardado por trás de subtis cataventos. A bravura em se questionar quem realmente se quer ser. Eis a questão. A perfeição é arquitectura e no coração nada há de arquitectura. Não trocaria o meu coração quebrado e imperfeito por nenhum outro. Nele está a minha história, a minha viagem, a minha maior tolerância, compaixão e cada vez maior capacidade de amar.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tão belo como da primeira vez que o li...
O teu coração és tu...tu és o teu coração...
E UNOS, são o Universo. O TODO.
ALL THAT I AM

Bj

Miss V.