quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Celebração

Olhas orvalhadamente o horizonte tão perto. Cabelos de menina a contar as cores do arco-iris. Sonho tua presença, no lugar onde sinto tua ausência. Ai, as tuas mãos, quero sussurrar para elas minha essência e depois... Depois é outro dia. A luz é linda e tu também. É um instante de plenitude. O horizonte é nosso. E como uma espécie de névoa da madrugada que se dissipa, senti no meu peito algo transbordando, como uma dor habitual que nem sentimos que acabou. Sim, é espantoso. Eu estava feliz.

2 comentários:

Maria Clara do Vale disse...

A beleza não está nas circunstâncias por que passamos e vemos, mas...em nós mesmos...

Não é algo que vemos como um arco-iris, ou sentimos como o calor de uma fogueira...

A beleza, tanto da imagem como das palavras, é algo que somos!!!

Anónimo disse...

É, habituamo-nos tanto à dor que, amiúde, nem nos apercebemos do quanto estamos felizes...