Sonhei que tinha sonhado com a minha morte e que a minha morte tinha algo de parecido com imagens de infância, de pinhais banhados por feixes de raios solares e o cheiro a eucalípto, a Verão e o instinto de se saber interiormente que era domingo, por causa do silêncio. Sonhei que de algum modo, ainda andaria por ali a correr e a fantasiar que era um cavaleiro, em cima de um cavalo branco e que a minha princesa não estaria longe, pois o seu canto chegava já aos meus ouvidos. Os arco-iris são coisa da imaginação em dias de sol... Portanto fecho os olhos e troco o calor dos raios de sol no meu rosto, pelo frio das últimas gotas de chuva. O sol amansou-se por trás das nuvens e quando abri os olhos, ele lá estava, num arco mais que perfeito entre o céu e a terra. Porque se escondiam todos os habitantes da floresta à minha passagem? Seria essa a forma deles brincarem? Sim, sonhei com o fim da escrita do livro e que a palavra fim ficou por escrever. De certo modo, nunca somos nós que a escrevemos, mas alguém que fica.
domingo, 28 de dezembro de 2008
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2 comentários:
Adorei, sobretudo "Porque se escondiam todos os habitantes da floresta à minha passagem? Seria essa a forma deles brincarem? "
No târot a morte significa MUDANÇA... Na minha bola de cristal vejo uma mudança muito, muito positiva!
Maria João Tavares
Feliz 2009!
A infãncia será sempre o sonho mais perfeito da nossa morte...
Ilustração e texto perfeitos, para mim claro. Parabéns!
Maria de Fátima Melo
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