quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Reinvenção

Há que olhar para as interacções dolorosas dentro de nós e perceber que podemos usá-las, cada um à sua maneira, não para mudar o outro, mas a si próprio. Ao fazê-lo, está-se a caminhar na direcção de uma parceria espiritual. Há que olhar para as partes de nós que precisam de mudar; partes da personalidade que são baseadas no medo, as partes que atiçam, reagem às ironias, que dizem coisas que magoam. Ao falar das partes da personalidade baseadas no medo, falo daquelas que são ciumentas, vingativas, que se sentem superiores, inferiores ou sentem a necessidade de agradar, que se acham no direito ou acham que a ele não têm. O medo de não estar à altura das expectativas, nossas e dos outros, medo de rejeição. O medo supremo é aquele em que sentimos que não somos suficientemente bons. Usar estas interacções para crescer emocionalmente, tornar-se mais consciente, tomar decisões responsáveis baseadas nas próprias intenções e delas tornar-se consciente, porque é isso que se está a criar. Quando alguém nos fere, a reacção é ferir de volta e o feito dessa energia é-nos devolvida na mesma proporção. Percecionar as experiências dolorosas como algo criado por nós e ao fazê-lo, ao senti-lo, os padrões interiores e consequentemente exteriores começarão a mudar. Perde-se muito tempo a tentar mudar o outro. Temos um sonho para nós e para a nossa vida. Não se trata de estar ou não em sintonia. Há que olhar para as partes de nós que nos impedem de exprimir amor. Não se consegue amar quando se julga, se critica, se culpa. Numa relação espiritual, o compromisso não é com a relação mas com o crescimento espiritual, porque só assim se cria a relação que se deseja.

3 comentários:

Anónimo disse...

Quando a assertividade quase é desconcertante...uma verdade descrta com as palavras todas...e certas...

Excelente Mr. P...

Beijos,
S.

Rosa Maria Ribeiro disse...

Pois...

Unknown disse...

Que lindo, Pedro!
Como concordo contigo...
Um beijo doce
Helena