Naquele momento, ele só desejava que o céu todo desabasse sobre si, sobre a sua cabeça, rosto, roupa, sob a forma da mais gorda, fria e torrencial chuva. Talvez assim se sentisse…Se começasse a sentir um pouco mais limpo, um pouco mais leve. Ali, no meio da rua. Olhou para a rua, imaginou-se a atravessá-la distraído e a ser apanhado por um carro que o faria voar e cair já sem memória, sem futuro, sem vida naquela cama de paralelepípedos. Seria com a mais luminosa das surpresas que daria por si exactamente no último momento feliz da sua vida. E depois, nada, não existir.
sábado, 25 de abril de 2009
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