segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Às dores

Como se o cansaço pudesse ser proporcional à alegria de viver.
Às dores, desenhei-lhes asas
e deixei-as voar para longe de mim.
Dizem que são escadas de crescimento.
Não gosto delas por causa disso.
Foram-se. Não deixam saudades. E um dia,
o derradeiro vestígio delas será muito desatentamente
o tal crescimento.
A elas digo: tenho outras coisas em que pensar,
outras coisas para sentir.


Às iminentes dez mil visitas a esta minha viagem chamada Margens Confluentes, o meu mais sentido obrigado por aqui se terem detido um pouco, de vez em quando. Este lugar partilho-o com voçês desde o primeiro dia. Voltem sempre.

2 comentários:

Catarina Verdier disse...

Obrigada Pedro! volto sempre:-)!
lembro referires este desenho.
bjs
cat

Sun Iou Miou disse...

Tomei a liberdade de traduzir para castelhano este poema. Espero que goste.

http://opoemaquehojepartilhariacomvoces.blogspot.com/2010/09/as-dores.html

María