Toda a ruptura simboliza, ao manifestar-se, a dualidade de todo o ser: tudo o que é vivo ou construído pode ser morto ou destruído, ou mais do que isso, trás o germe da sua própria destruição. In media vita in morte sumus (a morte jaz no coração da nossa vida). Vixnu e Xiva, deuses da destruição, não são mais do que dois nomes de uma única e mesma realidade. É a alternância da integração e da desintegração que significa a ruptura, marcando principalmente a fase negativa. Mas esta negação é a condição dum renascimento e de uma renovação. No plano material, dominar ou domar uma ruptura, uma infelicidade, é aceder a um outro nível de existência; o deleite moroso da ruptura, ao contrário, coloca a pessoa na via da regressão e da involução.
-O livro dos signos
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