terça-feira, 29 de março de 2011

De volta

Quem queres tu ser? A musa? Apenas tu me pões na vertigem da poesia. Alimento do olhar reflectido na retina da alma, depois no aperto da bomba vermelha de sangue vivo por ti. Ele nada me diz. Acotovela e dá caneladas para me mostrar que sinto. Não podias antes ocasionalmente segredar o que já sei? Diz-me então sem medo: se o coração é um quarto vazio, porque no escuro reluzente da paixão,sorvemos avidamente a saliva de cada um? As palavras oferecidas, os afiados gemidos pela pele dentro até ao centro da carne. Parimos o amor feito bloco de imaculada mármore e passamos os dias a esculpir as curvas dos passos de volta a ti e a mim. O caminho é largo, mas sentimo-lo como berma da falésia.

1 comentário:

Catarina Verdier disse...

O Coração é uma gruta do ali babá!
(pedro tens um erro de género na palavra imaculado) xxxxx <3