«lá para os 10, 11 anos, embora magra, comecei a ficar com um corpinho robusto e dourado. Foi o princípio de outro inferno. Agora tenho vergonha de falar nisto... Vou respirar fundo. Nem eu ainda sabia o que isso era e tentaram violar-me. Foi a minha irmã que apareceu e me defendeu. Ficou tudo no segredo dos deuses»
quarta-feira, 23 de outubro de 2019
quarta-feira, 19 de junho de 2019
S/ titulo
Preferimos a morte certa, a morte métrica, as sílabas dos sonhos nunca partilhados, mas enrodilhados na mentira do nosso próprio devir.. Sim há-de vir um dia, uma noite e um dia e uma noite. Há-de vir a ideia de nunca mais deixar de cair, a dificuldade em respirar por se estar vivo demais. Como se isso pudesse existir.
Podemos ambicionar o embrionar nos pequenos instantes já passados, sempre, sempre já passados, cometas às voltas do sol até se estamparem nele. Oh luz que fomos e iluminou um dia a noite, oh luz que seremos. Uma dança de desencontros e precisas dissonâncias a construir a fugidia felicidade.
sábado, 1 de junho de 2019
Still life
Um amor de fim de semana. Dejá vu, welcome to the machine. O princípio e o fim do mundo e negligenciar o que se passa entretanto. O «entre coisas» é a cola que sustenta o cosmos. Entre mim e entre ti nada existe. Tudo pode acontecer. As palavras slogans da negação da alma e do coração. Existe diferença entre eles? Existimos? Sentimos? No que acreditamos? Não nos atrevemos a dizer. E neste não atrever, nasce a mentira por entre as palavras. Preferimos morrer pelas coisas mais pueris. A desimportancia do que há cá dentro ascende à condição de ópera, de livro vermelho, de credo. Nada entra. Nada entra entre a esqualidêz das palavras onde o musgo vai crescendo. E as minhas palavras são invisíveis e o que quer que tinha para dizer era mudo e sentir isso fazia-me sofrer mais do que tudo.
A minha fantasia de ver o mundo sem mim, o meu complexo de «It's a wonderful life» não é romântico como no grande ecrã. O mundo passa bem sem mim. E sem a caricia das estrelas na palma da mão, de facto não há vida. E a respiração vem de uma pilha prestes a ficar gasta.
sexta-feira, 31 de maio de 2019
Nevermore
Don't be reckless with other people's hearts.
Don't put up with people
who are reckless with yours.
who are reckless with yours.
-Baz Luhrmann
terça-feira, 21 de maio de 2019
Tomorrow (never) started
Não devemos usar o orgulho e o ego
para combater o coração.
Nunca poderemos ganhar. Como tal,
acabaremos sempre derrotados,
perpetuando os mesmos erros,
regando a solidão.
No fim, não é o outro que penalizas,
mas a ti.
quinta-feira, 9 de maio de 2019
Ainda assim
Ainda quente, ainda com cio, consentido, com sentido. Ainda assim, de um lado e de outro, pergunta, resposta. Dois quartos? Dois espaços, um cosmos, uma cosmética da solidão. Abraçar a coisa sem nome porque ela sim, sabe bem. Sabe bem a companhia do corpo. Ele inventa outros corpos, reage à invisibilidade deles. Estar lá, estar aqui. Saber sentir em oposição à dialéctica de não sentir.
Abraço-me nu sentir-te e estou dentro de ti nu estares dentro de mim. Jogo de procissão de ausências. Sento-me, é isso. Compassos ternários? Que merda é essa? Basta que não me calques os pés. O resto é um inútil exercício de corporizar cheio de esperança. Cio, ciático. Ainda assim, dois-me como a puta que pariu.
terça-feira, 30 de abril de 2019
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019
Ascension
And if I go,
while you're still here...
Know that I live on,
vibrating to a different measure
--behind a thin veil you cannot see through.
You will not see me,
so you must have faith.
I wait for the time when we can soar together again,
--both aware of each other.
Until then, live your life to its fullest.
And when you need me,
Just whisper my name in your heart,
...I will be there.
-Ascension, Colleen Corah Hitchcock
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019
Uma questão de natureza
Inventamos o amor para nos afastarmos da nossa natureza animal e em nome do amor, temos, ao longo dos milénios, cometido as maiores animalidades.
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