Gostava de te ter conhecido há mais tempo.
Num qualquer Verão onde os dias são eternos
e sonhar é coisa sempre ao longe.
Porque pressa só o suor a leva
no brazeiro trepidante da estrada.
Hoje sou um velho carvalho outonal
e a brisa vivida muito antes,
é agora um lento castigo.
Por todo o lado há pedaços de mim
nas mais belas tonalidades.
Enfrento a nudez sem medos.
O horizonte abraça-me.
As minhas palavras são as tuas
e as tuas, sem o saberes, são as minhas.
Nunca deixamos de nos beijar.
Tudo é cheiro de memórias em cores
levadas pelas asas das borboletas.
Ou na certeza do arco-iris
em certas tardes de clamores distantes.
Talvez nunca tenhas existido.
Sem comentários:
Enviar um comentário