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A escuridão, como doce veludo feito céu de chumbo recusando a entrada ao amanhecer. No solo, as sementes recolhem-se no seu esquecimento de não existir. É preciso imaginar a luz. E imaginando, ser a luz e na inconsciência de ser, varrer toda a cinza do horizonte, deixar o tempo mexer-se. Aí então, essa coisa negra chamada esperança irá brotar do novo solo, numa confirmação exacta da presença da própria luz.
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