segunda-feira, 12 de abril de 2010

Uma espécie de esquecimento

«E se tu fosses a água do meu banho?»
Perguntaste-me um dia. Eu sorri e pensei
que seria as carícias nas curvas do teu corpo,
seria a tranquilidade do teu dia,
teu momento intimo de paz,
pensamento secreto.
Se eu fosse a água do teu banho,
caindo doce no espanto de existires,
cuidaria de ser líquida luz lavando teus receios,
de ser tua lânguida tentação que levarias
para a cama se noite fosse,
e pelo dia fora sorrindo, ao nascer do sol.
Se eu fosse a água do teu banho,
reconheceria cada canto de ti, cada encanto da tua pele,
deslizaria pelo teu cabelo, demoraria em teus lábios
e tua boca aberta a sorver-me em mil gotas,
na dança de teu suave trautear.
A felicidade é uma espécie de esquecimento
onde de repente tudo se acende.

6 comentários:

Rosa Maria Ribeiro disse...

É a imagem, o texto...
é sorver cada palavra e querer dizer coisas como tu. Dizê-las pintando-as.

disse...

especial Pedro...
Nada mais a dizer...
adoro-te...

Sun Iou Miou disse...

Eu já senti a água assim: só não tinha as palavras. :)

Ludmila disse...

A felicidade é de facto uma espécie de esquecimento...

Verdade: Eu é que gostei.

Ludmila
Janela-Suspensa

disse...

realmente é esquecimento, esquece-se temporariamente as dores,as decepções,os desamores,... mas o mais difícil é quando esquecemos da felicidade, e nos perdemos na tristeza....

kissinhos pedro, e uma semana cheia de sorrisos. (***_**)

Anónimo disse...

... é bom ser a água do banho de alguém
... é bom escorrer corpo abaixo