domingo, 19 de setembro de 2010

A árvore oca

Não se sabe como foi acontecendo. O tempo passou ou talvez tenhamos estado imóveis com ele. E também não terá sido o caminhar no cimo dos montes quando nos sabiamos observados à distância. Sim, mestres somos em construir imagens bonitas, absortos da presença dessa criatividade.
No longo corredor, de cada lado coleccionamos quartos vazios. Diz-me de onde vens e eu digo-te para onde vou... Ou talvez não. O vai-vem incessante num caminhar sempre a ser apagado. Mas quando por ela passamos, não a vemos. Há uma sabedoria antiga irradiada no ar para quem parar e a desejar apanhar. Nunca ninguém o faz. Mas todos se queixam por ninguém o fazer.

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