Lidar com o invisível…Diz o Principezinho: «O essencial é invisível aos olhos». Como sabemos então o que é «essencial»? Sentindo. Mas isto levanta uma questão: no filme «Contacto», perguntam à personagem principal, que é alguém de espírito empírico, racional e cientifico, nada religioso, se ela amava o seu falecido pai, ao que ela responde que sim, claro. Então pedem-lhe para o provar.
Sentimos dentro de nós, pela manifestação da química cerebral, que estamos num estado de apaixonamento, que existe alguém importante para nós, que desejamos… E por isso não necessitamos de prova sobre algo que nos é interior, que sentimos. Mas como acreditamos quando alguém nos declara seu apaixonamento? Acreditamos? Duvidamos? Acreditamos porque precisamos de acreditar? Acreditamos no outro porque nele reconhecemos aquilo que nós próprios sentimos, agora ou no passado? Acreditamos porque temos fé no presente e no futuro?
A fé é a ponte. Não vemos, não apalpamos, no entanto algo dentro de nós diz-nos que é real. Sempre foi assim e ainda que só para mim, não é por isso menos real.
5 comentários:
...mas não só para ti...a fé é a ponte. :)
...acreditamos no enamoramento do outro quando sentimos que o outro é um espelho de nós próprios...
...quando é um espelho que nos reflecte...o melhor de nós.
E quando em troca também devolvemos o melhor de nós próprios.
Acreditamos, sentindo com o coração...por um momento, por uma estação, por uma vida...
Helena
E é assim, no interior que os mais verdadeiros contatos acontecem. Se o olhar pudesse assim enxergar, iria ver uma enorme corrente de corações interligados e pulsado em alta frequência. E sentir isso é apaixonante!
O essencial é o que nos faz sentir vivos. Deixemos a razão para sobreviver :-)
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