segunda-feira, 18 de abril de 2011

Para ti

A tua ausência mel ao sol na ponta do anzol. Sombras, passos distantes... A esfinge vem, semblante de partida para o deserto. Vai assim com o caminhar do sol que a visão periférica nunca deixa vislumbrar. Velha e cansada é teu sonho de ti mesma. Na passagem das horas e no desbravar das duvidas. O espelho nunca te diz que nunca estarás tão bem como agora, sempre. O enigma nunca existiu, logo foi a procura da chave a ilusão. Mas nunca poderás dizer que não aprendeste. E eu contigo. Agora é tarde demais para parar.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Inacabado


Desertou para o sol, para o sol azul,
pois de deserto se faz o espaço.
Engarrafamento de nada
entre céu e sol, espaço para brincar.
Perfume forte, adocicado, 
álcool envelhecido.
Sem dar conta, fiquei à espera,
a olhar para cima.
Inacabada ou sem fim
é a solidão de ser
sem memória.