(muito breve porque estava no jardim),
quente como a ideia de primavera,
réstia de uma memória de infância,
e nada mais restasse da véspera
a não ser a incerteza de ter estado contigo.
Mas depois lembrei-me:
pequenos lapsos luminosos
numa dança ritual esfumando-se
devagar, numa espiral ascendente.
Nós olhávamos, olhávamo-nos,
e todo o calor imaginado…
Ali estava,
na calma intranquilidade
dos múltiplos murmúrios da areia.
Não, areia não era, mas o fluxo dos desejos.
2 comentários:
Com a boca encostada à areia da praia respiro o odor da nostalgia que este texto teu me traz...
As gaivotas despenham-se sobre o mar e no indefinido adeus, trazem a vertigem do silêncio...
Será que também trazem o desejo?!
As mãos estendidas, abertas, pedem o fascínios dos dias sem dúvidas...
Magnífico!....na sua calma intranquilidade...
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