segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Quebra-cabeças

1
Segue os passos ou liga os números.
A tristeza é uma estação imprecisa.
Não há deslizar das folhas para o chão,
o sol aquece as gotas de chuva,
aquelas unidas no arco-íris cadente.

Mas podes sempre esperar o comboio,
qual inocente testemunha de um crime por acontecer.
São os teus olhos a ditar a suavidade do dia.
Liberta as estrelas.
Sorri, como só uma mulher sabe sorrir,
como se soubesse algo que mais ninguém sabe.
Essência da feminilidade.
E assim também se tempera a delícia de o seres.
Mulher.

2
Um poema é um quebra-cabeças,
cada palavra contraria a anterior
encaixando-se nela.
Um jogo. Cabra-cega.

Sente as minhas mãos, amor.
Elas recriam as palavras na tua pele,
puxam-te para fora da gruta
onde o frio e o escuro alimentavam
teus filmes mentais nos quais as lágrimas
conduziam sempre a finais felizes.
Daí a tristeza.

Ao longe...
Sim, o lamento do comboio.

3
Do you hear?
A whisper... He came back.
And wants you to know he was never far.
There are days such as these, full of bumps,
and suddently, like a birthday gift,
everything is fullfillingness.
He's by your side and whispers
that the light was always within you.
It illuminated him, warmed his face,
gave him back a gentle vision of life.
(Can it be possible?...)
And now he came back to tell you
that tears will be but honey sweetening life,
emotions, the passion of kisses.

Listen... Fragile as a wisper...

Sem comentários: