sexta-feira, 31 de agosto de 2007

o último poema

Inquietação,
do princípio até à madrugada,
enquanto o gordo ar aparta a paisagem
com a crepitação da dança das flores.
O desnudado canapé das árvores
estabelece o ambiente no qual nos movemos,
espirituosos zombies, receosos da escuridão.
Encontramo-nos mutuamente
e perdemo-nos de novo num carrocel mágico
de desesperança.
Mas não deixamos de estar de olhos
no amanhecer.

2 comentários:

Rosa Maria Ribeiro disse...

...E num qualquer amanhecer nascerá a esperança em nossos olhos.
Nos meus aqui.
Nos teus aonde for.
Mas será o que quisermos que seja!

Silêncio disse...

Inquietação receosa que vagueia até à madrugada ... E não é a desesperança que vai travar o olhar que se pousa no horizonte.
A Esperança... é o ultimo elo que nos matem ligado à vida.....

Gostei muito...

E mais ...todas as ilustrções pelas quais tenho demorado o olhar, são adaptaçoes perfeitas ás palavras.
Parabéns..!!!