quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Reflexos de estimação
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Antes de adormecer
Ela olhava para ele, para a sua gentil perfeição. Sabia-o seu para sempre e respirava a vida tranquila, plena. Imaginava pequenas histórias sussurradas no ouvido dele e deliciava-se quando um sorriso era esboçado. Ela estava feliz e sentia-o, sabia-o, saboreava-o feliz. Por fim adormeceu também, embalada pela lua e pela saciada respiração dele.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Sem título
Minha sombra...Digo eu.
Meu corpo...dizes tu.
Quando sinto que o mundo está ao contrário, escondo-me em ti. Sempre tiveste essa generosidade. E quando de ti me fazes de novo emergir, faço-o com renovado desejo de enfrentar a minha própria criatividade, deixando-a seduzir-me. Aí, tudo é luz e sabes o que isso quer dizer...Penso eu, com um sorriso nos lábios. Andas por perto.
terça-feira, 9 de outubro de 2007
Sintoma
As longas esperas por trás da porta,
com um olho no que se passa para lá da janela.
E é a chuva a estatelar-se nos vidros,
a gerar dentro a aquecida memória
a enrolar-se feita caracol
no qual o pescoço se aconchega.
Jugular é palavra que não ocorre nestes momentos.
Mas às vezes pensa-se, pergunta-se
sobre a razão entretanto esquecida de estar ali.
E podem passar-se anos, vidas até a imagem
se deter, qual suspense de slotmachine.
Tudo é possivel antes de parar.
com um olho no que se passa para lá da janela.
E é a chuva a estatelar-se nos vidros,
a gerar dentro a aquecida memória
a enrolar-se feita caracol
no qual o pescoço se aconchega.
Jugular é palavra que não ocorre nestes momentos.
Mas às vezes pensa-se, pergunta-se
sobre a razão entretanto esquecida de estar ali.
E podem passar-se anos, vidas até a imagem
se deter, qual suspense de slotmachine.
Tudo é possivel antes de parar.
domingo, 7 de outubro de 2007
As árvores vulgares
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pode desprender-se o murmúrio
por entre os espaços vazios
das árvores.
E todos os aflitos receios da infância
brotam à flor da pele,
soprados por clarins nocturnos,
escutados à distância,
pelos troncos dos pinheiros.
Eles escondem o balanço dos dias
em sazonais cumplicidades.
Sonhei-as assim, as árvores ausentes,
recordações das manhãs de domingo.
O que já lá não está, mas perdura.
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Deêm-me um pouco de amanhã e serei feliz.
Hoje vou sorrir meu melhor e alegre sorriso, contar as estrelas na minha imaginação e dar graças por estar vivo, por viver a felicidade e mágoa do quotidiano. Vive-se com a cabecinha pejada de mitos e frases feitas, aguardamos príncipes e princesas encantadas, procuramos desesperadamente agarrar o momento... Enfim, artifícios para não sermos aquilo que nascemos para ser: nós próprios. Ser a minha própria pessoa...Mas que coisa tão enganadoramente simples de ser. Nestes últimos tempos, tenho ouvido muito a referência ao momento, vamos agarrar o momento, nada mais temos que o momento, o momento é nosso... De que me serve viver unicamente o momento se não tiver uma noção do que será o amanhã? Apenas viverei plenamente o momento, se estiver de algum modo tranquilo em relação ao dia seguinte. Estaremos condenados a não ser felizes? Não, porque temos o momento. Que contradição... Do mesmo modo que, apenas olhando para trás na nossa vida, enquanto vemos talvez fotos da juventude, é que nos apercebemos de todas as possibilidades que se ofereciam à nossa frente. Umas vezes estamos adiantados, outras estamos para trás, mas raras vezes sabemos que a corrida é com nós próprios.
Quem sabe?
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coração dormente,
labirinto demente,
mapa na ponta de um alfinete
cravado na minha pele mais sensível.
Para que lado a saída?
Como saber, de olhos fechados?
Andar de um lado para o outro,
sem deixar sarar a ferida.
Coçar a dor, coçar o desamor,
sem nunca encontrar a saída.
Olha, um girassol.
Vou fazer mal-me-quer, bem-me-quer.
Com todas estas pétalas a mais...
Tão amarelas, tão vestais.
Quem sabe a sorte que me poderá bater.
Nova promessa
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