quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Deêm-me um pouco de amanhã e serei feliz.


Hoje vou sorrir meu melhor e alegre sorriso, contar as estrelas na minha imaginação e dar graças por estar vivo, por viver a felicidade e mágoa do quotidiano. Vive-se com a cabecinha pejada de mitos e frases feitas, aguardamos príncipes e princesas encantadas, procuramos desesperadamente agarrar o momento... Enfim, artifícios para não sermos aquilo que nascemos para ser: nós próprios. Ser a minha própria pessoa...Mas que coisa tão enganadoramente simples de ser. Nestes últimos tempos, tenho ouvido muito a referência ao momento, vamos agarrar o momento, nada mais temos que o momento, o momento é nosso... De que me serve viver unicamente o momento se não tiver uma noção do que será o amanhã? Apenas viverei plenamente o momento, se estiver de algum modo tranquilo em relação ao dia seguinte. Estaremos  condenados a não ser felizes? Não, porque temos o momento. Que contradição... Do mesmo modo que, apenas olhando para trás na nossa vida, enquanto vemos talvez fotos da juventude, é que nos apercebemos de todas as possibilidades que se ofereciam à nossa frente. Umas vezes estamos adiantados, outras estamos para trás, mas raras vezes sabemos que a corrida é com nós próprios. 

2 comentários:

Rosa Maria Ribeiro disse...

Como eu te senti. E me senti assim. Há muito tempo. Num tempo em que me recuso voltar a viver.

Silêncio disse...

Sinto como tu, uma vontade enorme de agarrar os momentos e projectá-los na eternidade para que não fujam....no dia seguinte.
É uma contardição às leis que regem o universo....amanhã, nada é, o que é hoje ......
Entender isso, talves, seja uma forma de aprendera viver o momento....com mais tranquilidade.

Mas ainda não aprendi....e com dúvidas ...vou dando um passo de cada vez....em cada momento que surje.

Adorando ler...