domingo, 7 de outubro de 2007

As árvores vulgares

De todo um intrincado sistema
pode desprender-se o murmúrio
por entre os espaços vazios
das árvores.

E todos os aflitos receios da infância
brotam à flor da pele,
soprados por clarins nocturnos,
escutados à distância,
pelos troncos dos pinheiros.
Eles escondem o balanço dos dias
em sazonais cumplicidades.

Sonhei-as assim, as árvores ausentes,
recordações das manhãs de domingo.
O que já lá não está, mas perdura.


1 comentário:

Maria Clara do Vale disse...

Our choices, not our abilities show what we really are...

No entanto se aliarmos as nossas escolhas às nossas habilidades,tudo se transforma e as escolhas condicionam as habilidades e as habilidades mostram o que em nós é inegavelmente bom e com qualidade...
Podemos então dizer que o que lá está pode não existir, mas perdura
na medida em que, como tu, o fazes perdurar...