quarta-feira, 4 de junho de 2008

Alquimia

Quero falar de coisas positivas, de vozes amigas, dos espaços azuis entre as nuvens. Quero falar da alquimia do sentir, do ser, dessa espécie de sacerdócio a que nos votamos dia a dia. Quero dizer que acredito, que não existe outro caminho que não seja um caminho de acreditar. Acreditar em mim próprio e no caminho que vou construindo. Neste olhar para mim próprio, que nada tem a ver com espelhos, é um olhar tudo o que me rodeia com a compaixão que a própria vida inspira. Que fazer da inconfessada solidão suada gota a gota pelos poros? Não, por este sentir não gostamos de nos ver. O medo é segurança e a insegurança, matura prudência. Assim, onde está a realidade do que sentimos? Sentimos livremente? Ou sentimos com o peso e receio do passado? Porque preferimos estar num perpétuo choque com a densidade do passado? Que bengala é essa que nos faz caminhar cambaleantes? Quero falar de alquimia. Das possibilidades que somos a cada momento.


2 comentários:

Anónimo disse...

caminhar sem apoio dá medo..e este é um sentimento básico mas inerente à condição da simples humanidade que todos somos...na outra face está a esperança e o sonho que sim, a quem os reconhece, nos faz sempre recomeçar...

S.

Rosa Maria Ribeiro disse...

E porque a insegurança e o medo nos faz recuar e avançar de vagarinho, olhando de lado e em suspeita, mas caminhando sem parar, porque não?