Existe caos nas mais pequenas manifestações da vida. Não quero sequer respirar-me ou até deixar-me dormir. Invejo o futuro e todas as suas possibilidades. Quero aniquilá-las uma a uma até nada existir no sonho que não vou sonhar. Algures, sempre por entre um qualquer desatento instante, insinuar-se-á algo. Talvez um inaudível suspiro. Talvez no dia seguinte eu acorde e sinta devagar invadir-me todo o amor, toda a esperança e criatividade. O que desejo agora? Deixar de existir, O que gostaria que acontecesse? A possibilidade de renascer, mesmo depois de a ter espezinhado além de qualquer reconhecimento.quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Deixar de existir
Existe caos nas mais pequenas manifestações da vida. Não quero sequer respirar-me ou até deixar-me dormir. Invejo o futuro e todas as suas possibilidades. Quero aniquilá-las uma a uma até nada existir no sonho que não vou sonhar. Algures, sempre por entre um qualquer desatento instante, insinuar-se-á algo. Talvez um inaudível suspiro. Talvez no dia seguinte eu acorde e sinta devagar invadir-me todo o amor, toda a esperança e criatividade. O que desejo agora? Deixar de existir, O que gostaria que acontecesse? A possibilidade de renascer, mesmo depois de a ter espezinhado além de qualquer reconhecimento.quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Horizonte vertical
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Impromptu
Algumas canções não prestam mesmo. Apagámo-las e o que fica mais harmonioso se torna. Não interessa pensar muito no assunto. Podemos dar, podemos receber, é uma opção nossa. Cabe aos outros apreciarem ou apropriarem-se. Por muito que fale, nunca vou realmente dizer tudo e muito menos o que sinto, embora ache que sim. O tempo é apenas o tempo de estar aqui. É como um jogo de aposta: é-nos concedido um determinado espaço de tempo e depois temos de lidar com o que vamos fazer com esse tempo. Podemos fazer o que quisermos, no alinhamento que escolhermos, só não sabemos quanto tempo temos. Portanto, o desafio é tentar fazer tudo o que se deseja antes que o tempo se acabe. As canções que escolhermos não as podemos apagar, só as podemos deixar para trás.quarta-feira, 24 de novembro de 2010
S/t
Penso por vezes nos monstros que me povoaram. Penso se alguma vez fui um para alguém? Penso no mal que fazemos uns aos outros, tantas vezes em nome de uma boa consciência. Penso na aparente inesgotabilidade da minha criatividade, essa parte de mim que por mim fala, de mim independente e que sem mim não existiria. Penso que o esquecimento pode ser uma dádiva mais real que o perdão. Perdoar é um estratagema da consciência. Afinal, podemos perdoar a quem nos mata? Esse tipo de perdão pertence à literatura. A única coisa que se pode realmente fazer é tentar não deixar os tais monstros à solta. Porque se assim não fosse, seria uma verdadeira carnificina à volta de cada um de nós. Os restos de um campo de batalha onde apenas temos a ilusão de ser o único sobrevivente. E aí sim, estamos condenados a contemplar a obra feita. sexta-feira, 5 de novembro de 2010
No devir de mim
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Enfim
As máscaras nocturnas esvaem-se na ausência doridade não saber que se julga saber. Rostos do mesmo rosto
sucedem-se quais dias de decepção ainda colorida.
A realidade tem muitas faces, dizem… Uma por cada
gota de inocência evaporada nos olhares vazios.
Máscara após máscara vamos amando o amor
debaixo do amor debaixo do amor,
sem saber que afinal é desamor.
Desamor ligado à antecipação da dor.
Um dia, enfim, desabrocha uma flor
porque a esperança apazigua o temor.
sábado, 23 de outubro de 2010
Um outro nível de existência
-O livro dos signos
domingo, 17 de outubro de 2010
Ton cours
Des blancs ruisseaux de Chanaan
Et des corps blancs des amoureuses
Nageurs morts suivrons-nous d'ahan
Ton cours vers d'autres nébuleuses
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Meia luz
Ah... Diz-me o que é essa meia luz dentro do teu olhar. O céu da noite nunca é assim tão escuro... E tem as estrelas. Algumas caem com as tuas ocasionais lágrimas e chamam-lhes cadentes. Eu chamo-lhes compassivas, chamo-lhes saudosas... Porque não resistiram a regressar a casa. E tudo o que basta é esse momento luminoso de rasgar a atmosfera e não mais estar lá. E no momento de olhar já passou. Diz-me então que luz é... Para que eu sinta esperança numa qualquer eternidade escondida... Uma esperança escondida entre as flores de um jardim.sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Uma espécie de vazio
De essência em essência se constrói uma espécie de vazio à volta da mais sonora invisibilidade, pois no escuro tudo perde validade menos a imaginação e a capacidade de ver. Os pedaços recortados de céu azul com nuvens somos nós a sonhá-los no tecto, como se fossem a deliverança falsamente ambicionada. De retórica se constrói afinal a visivel essência.quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Dream withim a dream
Take this kiss upon the brow!And, in parting from you now,
Thus much let me avow
You are not wrong, who deem
That my days have been a dream;
Yet if hope has flown away
In a night, or in a day,
In a vision, or in none,
Is it therefore the less gone?
All that we see or seem
Is but a dream within a dream.
I stand amid the roar
Of a surf-tormented shore,
And I hold within my hand
Grains of the golden sand
How few! yet how they creep
Through my fingers to the deep,
While I weep - while I weep!
O God! can I not grasp
Them with a tighter clasp?
O God! can I not save
One from the pitiless wave?
Is all that we see or seem
But a dream within a dream?
domingo, 19 de setembro de 2010
A árvore oca
Não se sabe como foi acontecendo. O tempo passou ou talvez tenhamos estado imóveis com ele. E também não terá sido o caminhar no cimo dos montes quando nos sabiamos observados à distância. Sim, mestres somos em construir imagens bonitas, absortos da presença dessa criatividade.quinta-feira, 16 de setembro de 2010
To all love lost
where no one is missed,
sábado, 11 de setembro de 2010
Perder, dizer
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
With nothing on my tongue
Baby I have been here before.I know this room, I've walked this floor
I used to live alone before I knew you.
I've seen your flag on the marble arch
Love is not a victory march
It's a cold and it's a broken Hallelujah
There was a time you let me know
What's really going on below
But now you never show it to me, do you?
And remember when I moved in you
The holy dove was moving too
And every breath we drew was Hallelujah
I did my best, it wasn't much
I couldn't feel, so I tried to touch
I've told the truth, I didn't come to fool you
And even though It all went wrong
I'll stand before the Lord of Song
With nothing on my tongue but Hallelujah
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Estes dias
É invisível a minha escrita estes dias. Escrevo por sentires dispersos e sentires em linha recta, tão tranquilizadores. Mas os meus sentires preferem sentir, não escrever. Preferem caminhar, não sentar. A imaginação, mesmo sentada, imagina. O sentir sentado tende a imaginar o que sente em vez de sentir. E é assim. Estes dias, a minha escrita rodeia-me, mas não a vejo. É invisível mas sinto-a.segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Às dores
Às iminentes dez mil visitas a esta minha viagem chamada Margens Confluentes, o meu mais sentido obrigado por aqui se terem detido um pouco, de vez em quando. Este lugar partilho-o com voçês desde o primeiro dia. Voltem sempre.
domingo, 22 de agosto de 2010
A ponta da corda
Como se contasse as células do meu corpo e cada uma me revelasse uma verdade diferente. Que fosse então contar estrelas, negligenciando a visão periférica, porque afinal ninguém deseja sentir-se insignificante. Depois, quantificar a energia contida em todo o amor de uma vida e voltar sempre ao zero e concluir que é nada, não imaginando o ser tudo. Mas agarrei a ponta da corda. Isso eu sei.segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Ponderando a ausência
Ponderando a ausência, como se o calor do teu corpo ainda o desenhasse nos lençóis. Foi tudo rápido, assim com a lentidão dos entardeceres de Verão. Só que é Inverno e já não estás aqui. Enquanto pela rua caminhas, ainda sentem tuas coxas o toque dos meus lábios, de minha língua? Oh, se a chuva caísse, para abrandar o frio e nos unisse no nosso amor por ela? A noite vai ser longa, a criatividade não vai chegar nem o sono… Encontramo-nos amanhã, talvez? Mesma hora, mesmo local?quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Terra da noite
Terra da noite no brilho cadente da estrela.Tudo se ilumina no breve momento
Nascer do dia, distante ainda,
A vez delas dormirem chegou....
sábado, 31 de julho de 2010
Vem aí
Azul brilho de sol bate na vidraça da janela domingo, 25 de julho de 2010
O saber
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Curvatura do sentir
Dança suave a velocidade de dias quentes, sem nada a agarrá-los ao depois a não ser a inevitabilidade de ser em movimento. Ele faz dos dias colagens onde se pode deambular viajante de tempo. As memórias são canções esquecidas. Na escuridão de planície, agarra-se o que se pode e sonha-se com a curvatura do sentir.terça-feira, 6 de julho de 2010
Canção escondida
São os dias a fazerem o pino na arena do circo dos tempos. Palavras metronómicas sem fuga possivel seguem cegas em fila indiana. Para onde? Para o fundo da garganta da música que não existe. Felizmente dou por mim dentro de um suave voar e tudo parece distante ao ponto de não ter sequer de pensar. Posso assim deixa-me render à canção escondida deste coração planar, que mesmo sem o pensar, abandona-se no sentir.segunda-feira, 5 de julho de 2010
Discorrer
quinta-feira, 10 de junho de 2010
O sentido do sentir
A noite veio e falou-me de ti. Disse que virias na brisa da voz dos sonhos. Disse que o teu toque me apaziguaria a dor. E assim foi. Enquanto dormia, apareceste e sussurraste à escuridão para se afastar. Meteste-me tua mão no peito e foi como se o ritmo do existir tivesse ganho sentido. Quem pode explicar o sentido do sentir senão sentindo?Dança da noite e do dia
quinta-feira, 29 de abril de 2010
No aquecer
Aí vem o Sol, senti eu caminhando no veludo azul das nuvens, Sorri por tudo ver ao contrário e tudo parecer direito. Contei histórias a mim mesmo e embalei-me contando-te cabelo a cabelo... E tu sorriste também antes de adormeceres. O teu sussurro levou-o a brisa de Verão. Olha como Sol vem... Viramos o rosto para ele, como se flores fossemos e deixamo-nos simplesmente ser no aquecer.terça-feira, 27 de abril de 2010
Segredo
apenas no coração das palavras.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Bicho-solidão
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Uma espécie de esquecimento
«E se tu fosses a água do meu banho?»sexta-feira, 9 de abril de 2010
Indizivel
anjo da lua.
moreno como os sonhos de infância,
memórias do quente doce de Verão,
da água beijando os pés e dos sorrisos
comendo o gelado a derreter.
A fotografia fala de sol e azul e mar
fala de luz, de açúcar, de ser feliz,
fala da comichão que tinha no nariz.
Cada momento daquele tempo é agora
e agora é a brisa da ponta dos teus cabelos
fazendo cócegas no meu rosto quente
de plenitude.
Porque teu rosto ao contrário diz-me que estou deitado e é tua sombra a fazer carícia em mim. Plenitude...Que é isso, afinal? É o indizível, dirias tu.
Eu diria que é a frescura da tua pele na minha. Teu olhar de lado meu sorriso. Teu sussurro no meu ouvido. Tudo o que foi passado e tudo o que ainda vai ser vivido.
Um momento a desabrochar feito flor, na emoção luminosa do calor do Verão que ainda há-de chegar.
Pelo mar....
pelo mar....
terça-feira, 6 de abril de 2010
Discutindo o Sol e a Lua
quarta-feira, 31 de março de 2010
As palavras por nascer
Não é no teu olhar que te reconheço.Não é no cabelo de mulher selvagem.
Não é no rir de menina travessa.
Não é no corpo que apenas sonho,
no cheiro que dele se evapora.
É em algo muito diferente
que te reconheço: na palavra pensada,
na escrita sentida, no sonho por vir,
no que está em penitencia em tua cabeça.
Vai e entrega-te a teu próprio sentir.
Deixa teu cheiro, deixa tua marca,
Teu grito vai acordar os indiferentes.
Teu cio vai aquecer as palavras por nascer.
Nada será mais igual. A não ser, talvez
aquilo que sempre foste. E que és.
sexta-feira, 26 de março de 2010
Aqui no jardim
Totalmente fora de controlo os vultos em volta de mim.Aparecem, desaparecem e no entretanto constroem vidas
para o meu olhar de espera. Como realizamos o truque
de ocuparmos o nosso tempo e espaço?
Abrimos as mãos, deixamos fugir o sentir.
Aqui no jardim, o sol já se pôs e nós brincamos às escondidas.
Onde te meteste, corpo ausente?
Onde te escondeste?
quarta-feira, 17 de março de 2010
Aurora
segunda-feira, 15 de março de 2010
Para dar sorte amanhã
Se eu escrevesse poema, seria para dizer que teu olhar com medo de quebrar...
Se eu escrevesse um poema,
seria para falar das estrelas no teu cabelo
e como me deito e fico olhando para elas,
pois é um céu que não me faz sentir
nem pequenino nem só.
Se escrevesse um poema que fosse
seria de certeza para ti.
quarta-feira, 10 de março de 2010
Algo para dizer
segunda-feira, 1 de março de 2010
O meu poema mais feliz
Na memória de algo assim há muito tempo,
do sabor familiar da comida favorita.
Do céu estrelado à noite e da minha
pequenez olhando... Sonhar
alcançar o infinito dentro de mim.
Este é meu poema mais feliz
porque o fiz assim
ao sabor do sabor...
De ser.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
23.2.10
As flores do pensamento na breve suspensão em que estamos. domingo, 21 de fevereiro de 2010
Silêncio que sou
Hoje sou silênciosou as gotas de chuva a deslizarem na janela
Sou os carros a passarem ao longe.
E dentro de mim.
Tudo se mistura no silêncio que sou,
Desejo de te saber perto na distância mais doce...
Hoje sou silêncio de mel, pelo sol que guarda,
a doçura que oferece e a cor que me faz sorrir
quando me lembro de ti.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
No desaguar
Ecos do docil desassossego do pensar em nada.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Perfeitamente
Perfeitamente, como o teu falar curvilíneo.Sim, perfeitamente, porque a perfeição
é desbravar a beleza indígena do que por vezes ousamos sonhar.
Sim, sim sempre quando se começa a viagem,
mas ainda não sentimos o doce balancear.
Perfeitamente, quando nossos agora
se enlaçam e se escutam e se...encantam.
Como é o antecipar do momento?
É luz? É orvalho? É mar? És tu a falar?
Sim, perfeitamente.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
8.2.2010
azul é a cor da tranquilidade,
vermelho é a cor da paixão.
Agora faz teu próprio poema.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
sábado, 30 de janeiro de 2010
30.1.10
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Um presente
No presente dia se canta a curva dos dados. terça-feira, 26 de janeiro de 2010
25.1.10
Um novo tempo desceu-me assim, sem que por ele desse. De mim parido qual novo dia. A felicidade é uma criança travessa a jogar às escondidas. O tempo de correr no escuro esfumou-se nas paredes do labirinto disfarçado de arco-íris. O tempo de encontrar, sorrir, respirar fundo... acaricia-me de novo o rosto e sinto-me... Não, não o vou dizer. Vou senti-lo. 














